Ao assistir o documentário Belo Monte: anúncio de uma guerra, fiquei cabisbaixo, em saber que o Governo decidiu fazer uma grande hidrelétrica, a segunda em tamanho que poderá existir no Brasil, perto de três aldeias indígenas. Logo, com a instalação dessa, as aldeias sofrerão inundações e devido a essa imposição, terão de sair do lugar onde há muito tempo habitam sustentavelmente.
Um desses habitantes é o Cacique Raoni, chefe da Aldeia Kayapo, uma das prejudicadas com a instalação da nova usina. Desde pequeno ele foi instruído por seus pais para cuidar do seu lugar, pois em momentos eventuais o branco iria chegar e fazer destruições, e é o que está acontecendo. E, dessa forma, o líder fez uma petição (disponível no site www.maiori.com) para o abandono definitivo da construção da hidrelétrica, já chegando a cerca de 500 mil assinaturas.
No entanto, essa petição está longe de causar grande comoção, pois a frente dessas tribos está o poder do Governo e das empresas estrangeiras que são donas de várias hidrelétricas no Brasil, como a própria Belo Monte, que em parte, pertence a duas empresas francesas. Tanto que Raoni foi até a França com sua petição contra a represa, e, no entanto, não conseguiu resultados. O líder indígena conversou com Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês, e este fez o possível para que a petição e os relatos do Kayapo não chegassem à mídia francesa. A mídia está sendo manipulada pelos poderes das empresas e do Governo, e acabam não sendo a Voz para o grande público informar-se. Em 2011, um ano após a tentativa de impedimento de construção, o Ibama concede licenças para o início das obras.
Com a empresa sendo construída, fica a pergunta: Cadê a justiça, será que os índios realmente terão vez? A mídia e o governo sabem do horrível futuro e o desequilíbrio que Belo Monte pode causar à Floresta Amazônica, assim como às tribos residentes nela, pois nessa área o rio funciona em um sistema de cheias, e a construção pode alterar o ciclo hidrológico e a biodiversidade nela.
Cabe a nós, brasileiros, e aos humanos em geral, lutar pelos interesses em comum, pelo lugar dos índios, pela conservação da floresta, afinal a Natureza pertence a nós, no entanto devemos preservá-la, e as tribos merecem seu lugar, segundo o lema da Revolução Francesa: "Liberté, Egalité, Fraternité"
Cabe a nós, brasileiros, e aos humanos em geral, lutar pelos interesses em comum, pelo lugar dos índios, pela conservação da floresta, afinal a Natureza pertence a nós, no entanto devemos preservá-la, e as tribos merecem seu lugar, segundo o lema da Revolução Francesa: "Liberté, Egalité, Fraternité"